A água engarrafada percorre um longo caminho antes de chegar às prateleiras dos supermercados e às mãos dos consumidores. Esse percurso envolve diversos meios de transporte, desde camiões, barcos e aviões, dependendo da origem e do destino das garrafas. Cada um desses meios contribui para o consumo de combustíveis fósseis e a emissão de gases poluentes, tornando o transporte de água engarrafada um fator relevante na crise climática.
Além das emissões diretas, há impactos indiretos relacionados à logística. A necessidade de embalagens secundárias, como plásticos, caixas de papelão e paletes, adiciona mais consumo de recursos naturais e aumenta a produção de resíduos. Muitos desses materiais acabam descartados inadequadamente, agravando a poluição.
O paradoxo da água engarrafada é que, muitas vezes, ela não oferece benefícios superiores em relação à água da torneira, especialmente em regiões onde o abastecimento público é seguro. Ao reduzir o consumo de garrafas descartáveis, podemos minimizar a necessidade de transporte e, consequentemente, diminuir a pegada de carbono associada ao setor.
Uma alternativa sustentável é o investimento em sistemas de filtragem de água domésticos e empresariais. Outra solução eficiente é a implementação de fontes públicas em locais urbanos, permitindo o acesso seguro à água potável sem depender de garrafas plásticas. Essas medidas ajudam a reduzir os impactos ambientais e promovem um consumo mais responsável.