Em junho de 2025, o Dia Mundial do Ambiente destacou uma preocupação crescente: a presença de microplásticos na água potável. Investigadores portugueses identificaram até 9 partículas por litro em água da torneira e mais de 4.800 em garrafas reutilizáveis. Muitos destes microplásticos medem menos de 5 microns, podendo atravessar barreiras intestinais e acumular-se em órgãos como o fígado.

Os polímeros mais comuns incluem polietileno, polipropileno e PVC, libertados por tubagens, válvulas e reservatórios. Mesmo com tratamentos avançados, muitas ETARs não conseguem eliminar completamente estas partículas, colocando desafios significativos ao setor.

Além disso, os microplásticos funcionam como vetores de poluição secundária, transportando metais pesados, pesticidas e microrganismos nocivos. Em estudos animais, verificou-se que podem provocar inflamações, disfunções hepáticas e alterações imunológicas.

A Cleanpur considera essencial modernizar os sistemas de tratamento. Tecnologias como filtração por membranas, ozonização e sensores de nanoescala já estão a ser implementadas para combater eficazmente esta ameaça.

É igualmente importante rever toda a cadeia de produção da água potável, desde o armazenamento até à distribuição, garantindo a eliminação de fontes secundárias de contaminação. Informação ao consumidor e regulamentação clara são cruciais para enfrentar esta crise invisível.

Em 2025, água limpa é um direito fundamental que exige inovação, vigilância e responsabilidade coletiva.